CHEGUEI!!! A viagem foi quase boa, se não fosse pelo avião “regional” antiquado e um pouco de turbulência, teria sido perfeita. Está chovendo em Toronto, ao contrário do clima agradável de Houston, mas finalmente cheguei. Que clima diferente do de Curitiba, onde NUNCA chove. Estou em casa! Frio e chuva! Será que voltei para Curitiba sem saber?
Bom, até aqui, tudo lindo. Passar pela imigração foi interessante. Na primeira cabine, o oficial riscou meu formulário de imigração todo com caneta vermelha, chamando atenção para os detalhes do que eu preenchi! Para fechar, fez duas marcas com uma marca-textos rosa, uma linha descendo de cima até embaixo dos dois lados da folha. Deu até medo. Passando por lá, vejo um outro oficial recolhendo formulários e deixando pessoas passarem pela primeira porta. Ele olhou meu papel todo riscado e me mandou seguir para as portas escritas IMIGRAÇÃO. Pronto, ferrou tudo. Cheguei no oficial de imigração e respondi as perguntas básicas e dai expliquei o que vim fazer aqui mas cometi o deslize de dizer que ia ser para reunião de trabalho dai ele falou que não queria estar nesta reunião porque 60 dias de reunião seria um inferno! Dai expliquei que vim treinar o pessoal a usar o sistema e ele perguntou se EU ia trabalhar no sistema ou só treinar, workshop. Dai insisti que não vou trabalhar (não deixa de ser verdade) no sistema em si, apenas supervisionar a implantação (politician mode engaged). Parece que a história colou, pois ele sorriu, carimbou o formulário de entrada e me indicou a saída para retirar minha bagagem. Ufa. Mais tarde, o Raphael e o Handerson me contariam que aconteceu exatamente da mesma maneira com eles, que este parece ser o procedimento padrão! Podem rir.
Confesso que fiquei preocupado por um momento. Imagine se passo pela alfândega dos EUA e sou barrado aqui? Mas enfim, passei.
Dai uma fila imensa de pessoas para sair da retirada de bagagens. Passei por filas e filas de pessoas impacientes, empurrando seus carrinhos, malas e crianças pra cima dos outros, tentando empurrar a fila sem encostar em ninguém e logo me senti no Brasil. Toda a boa educação que eu estava esperando parecia não existir.
Bom, isso talvez por serem todos estrangeiros vindo a passei, pois logo que fui alugar um carrinho para transportar as malas (sim, tem que pagar!!!), ao tentar enfiar a nota na máquina e ela não aceitá-la, fui abordado por uma funcionária do aeroporto e logo encontrei toda a boa educação dos canadenses. Ela me mostrou que alguem sem-noção havia tentado enfiar uma moeda de um dólar canadense na máquina, logo abaixo da imagem que dizia para não usar moedas! Ela me falou para puxar a moeda e dai eu conseguiria um desconto de 50% na máquina! Ela deve ter um parente Brasileiro em algum lugar! Então a estupidez do outro passageiro foi o meu desconto!
Peguei minhas malas e fui para as imensas filas gigantescas de pessoas maleducadas para tentar sair. Finalmente, liberdade. Depois de conseguir sair da área de bagagem, hora de relaxar um minuto, falar para todos que havia chegado e dai procurar o ônibus para ir encontrar o Raphael e o Handerson (ou Abelha e Manolo, para os amigos). Minha esposa perguntou se estava frio e eu respondi que lá dentro, não, mas pela quantidade de casacos, deve estar frio lá fora. Pedi informações e fui até o ponto do ônibus. Troquei o vale da internet por um bilhete e fiquei brincando com meu celular. Depois de alguns instantes, notei que todos me olhavam! Acho que estavam pensando, “quem é este louco que está de camiseta neste frio???” Logo notei que eu estava de camiseta e todos de casacos, cachecóis, até luvas. Eu estava com meu gorro de lã. Olhei o termômetro e vi que estava 10oC. Um agradável dia de chuva. Depois de cansar dos olhares, coloquei um pullover para agradar a platéia. I’m gonna like it here.
Enfim, o ônibus. Uma senhora, claramente canadense, estava irritada pois o horário era 18:15 e já eram 18:16 quando o ônibus finalmente chegou. Malas carregadas, sentei e liguei o note para aproveitar a wifi do aeroporto. Surpresa! Tem wifi gratuita no ônibus! Fantástico. Fiquei impressionado.
Depois de um passei bonito por Toronto sob chuva, cheguei ao Sheraton e descarreguei, encontrando os dois para me ajudarem com as malas. Depois de conversa, um banho merecido, hora de ir para Burlington e para o hotel!
Bom, mais uma aventura. Chegar ao trem a tempo precisou de um taxi e uma correria até a plataforma. Os dois me ajudaram com as malas, mas eu não tinha pensado em como descer do trem depois! Bom, o trem é lento. MUITO lento. Muito muito lento. Via os carros passando bem mais rápidos e fiquei frustrado. Certa hora após o anúncio da próxima estação, um rapaz e uma garota ficaram preocupados que haviam passado sua estação! A menina foi até a condutora para saber o que estava acontecendo e logo notaram que ela havia anunciado a estação errada! 😀 Neste meio tempo, o rapaz, desesperado, acabou conversando comigo e com uma outra senhora, lendo um livro como eu. Como são simpáticos! Havia esquecido como é ter gente simpática e ao mesmo tempo desconhecidas! Depois deste drama resolvido, voltei a ler. Quando chegou a uma estação que a condutora anunciou 5x que não abririam as portas de certos vagões (até eu prestei atenção apesar de não ser minha estação), um senhor, em pé diante da porta do vagão onde eu estava, notou que as portas não iam abrir. Ele ficou desesperado quando a condutora anunciou que estava fechando as portas, que não haviam aberto ali, e ao ver, eu informei a ele que ali não abriria. Ele imediatamente acionou o alarme e a senhora ficou preocupada que ficariamos 15min parados ali na estação e o trem já estava 6min atrasado. Felizmente, resumimos a viagem em alguns minutos e o resto da viagem foi sem supresas.
Chegando em Appleby, precisei descer do trem e uma senhora muito atenciosa ofereceu-se para me ajudar. Achei o elevador que ela me indicou e um outro rapaz segurou a porta para mim. Por fim, outra senhora com sua mãe idosa me indicou onde subir novamente para pegar um taxi e até ofereceu para me ajudar com as malas! Quanta gentileza! O funcionário da estação me chamou um taxi e lá fui eu.
Cheguei ao hotel. Finalmente. Cnasado. Conheci a Denise, Concierge. Muito simpática e tudo que o Pedro descreveu em simpatia e atenção. Detalhe é que ela disse que se tivessemos avisado, ela teria mandado um carro me buscar. Este foi a cereja no banana split do meu dia. Sem comentários. Depois de todo este esforço, ao menos cheguei, vamos deixar o passado no passado. Ela me conseguiu um bagle e cream cheese e agora estou aqui sentado comendo, tomando uma Diet Coke (Zero só no Brasil?) e assistindo TV, prestando atenção apenas nos comerciais. Um em especial me chamou a atenção: um Honda Civic por CAN$14mil. Feltrin, quer vender o seu? Como é usado, pago CAN$8mil, aceita? 😀
Hora de dormir para meu primeiro dia na SITA. Ainda bem que estou cansado, dai durmo sem pensar demais em estar aqui sozinho.
Caraca quanta gentileza com vc…
A Denise é muito gente boa… manda um big Abraço do Negrão para ela.. rs…
Big Abraço Sucesso….
hueahueahuha pois é… Zero só no Brasil mesmo… afinal, imagina só como ficariam as possibilidades:
Coke Zero (incorreto e horrível)
Coca-Cola Zero (hmm nope)
Zero Coke (you mean there’s NO coke in it?!?! I don’t think so :P)
Zero Coca-Cola (same thing!)
So Diet Coke it is 😀